Ao pensar em contratação, qual é a primeira coisa que vem à sua cabeça?
Se você respondeu “RH” ou “processo seletivo”, talvez esteja deixando de lado um setor igualmente essencial nessa jornada: o compliance.
O compliance na contratação tem um papel estratégico para garantir que a empresa não assuma riscos, de nenhuma natureza.
Quando RH e compliance atuam de forma integrada, o resultado é um processo mais seguro, eficiente e confiável. O RH ganha tempo e foco para encontrar o melhor talento, enquanto o compliance entra como aliado na mitigação de riscos, garantindo que tudo ocorra dentro dos parâmetros legais e éticos.
Ignorar essa etapa ou adotar uma verificação superficial pode expor a organização a diversos problemas: candidatos com histórico problemático, retrabalho, passivos trabalhistas e até impactos negativos à reputação da empresa.

Por isso, integrar RH e compliance além de uma boa prática, é uma estratégia inteligente. E neste conteúdo, vamos te mostrar por que essa parceria faz a diferença e como ela pode fortalecer o processo de contratação na sua empresa.
Qual a relação entre os setores
Antes de integrar os setores, é importante entender a relação entre eles.
Compliance é voltado à prevenção: garante que a empresa atue em conformidade com leis, normas internas e padrões éticos, antecipando riscos e construindo uma cultura de integridade.
Já o jurídico tem foco na reação: entra em cena quando há conflitos, infrações ou processos, oferecendo respaldo legal à empresa. É ele quem interpreta leis, revisa contratos e atua em litígios. Mas sem ele, não é possível criar um programa de compliance sólido, por isso, são setores complementares.
As áreas se conectam porque não existe compliance sem base jurídica sólida. E nenhuma resposta jurídica será suficiente se a empresa não se preveniu antes.
Juntos do RH, eles formam um trio essencial na proteção da empresa de riscos legais, reputacionais e operacionais, da entrada de um colaborador até sua conduta no dia a dia.
Como integrar o setor de compliance na contratação
Integrar o setor de compliance na contratação significa criar um fluxo colaborativo entre RH, jurídico e compliance, onde cada área contribui para minimizar riscos desde o primeiro contato com o candidato.
O compliance ajuda a mapear vulnerabilidades no processo seletivo, como fraudes curriculares, conflitos de interesse ou riscos à reputação, enquanto o jurídico assegura que todas as práticas estejam em conformidade com a legislação vigente.
Juntos, podem definir diretrizes para a verificação de antecedentes (background check), incluindo checagem de histórico profissional, educacional e judicial, sempre respeitando a LGPD.
Além disso, a formalização de políticas internas padroniza os critérios de contratação, garante maior fit cultural, reduz improvisos e garante isonomia.
Capacitar o RH para aplicar essas diretrizes com visão de risco e manter um canal constante de alinhamento entre os setores torna o processo seletivo mais seguro e eficiente.
Como estruturar um processo de compliance na contratação com apoio jurídico
1. Defina políticas internas
Crie (ou atualize) um código de conduta e políticas de contratação, deixando claro:
- critérios de seleção justos;
- postura esperada dos candidatos e recrutadores;
- etapas obrigatórias de verificação;
- como serão tratadas inconsistências ou riscos identificados.
Aqui, o setor jurídico valida se essas políticas estão em conformidade com a legislação trabalhista e com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).
2. Inclua uma etapa formal de Background Check
O compliance atua identificando os tipos de checagem mais relevantes:
- checagem de histórico criminal;
- checagem de processos trabalhistas e cíveis;
- checagem educacional e experiências anteriores;
- checagens que dependem do cargo, por exemplo, cargos financeiros estratégicos, checagem financeira.
O jurídico entra para definir os limites legais dessa investigação: o que pode ser checado, quando é necessário consentimento, como armazenar os dados.
Para auxiliar nesse processo, você pode conhecer a nossa solução: Solução de Background Check.
3. Faça uma matriz de risco por cargo
Junto ao jurídico e o compliance, é importante montar um mapeamento dos cargos sensíveis, que envolvem acesso a dados, finanças, clientes ou decisões estratégicas, e defina níveis de rigor para a contratação nesses casos.
4. Formalize tudo com contratos e registros
Todos os resultados das análises e validações devem:
- ser armazenados conforme as diretrizes de proteção de dados;
- ser documentados com segurança jurídica (com apoio do jurídico);
- contar com termos de consentimento claros.
5. Revise e atualize o processo periodicamente
As leis mudam e os riscos por consequência, também. Por isso, é essencial que compliance e jurídico revisem regularmente o processo de contratação para garantir sua eficácia e adequação à legislação vigente.
Para concluir
Integrar o compliance à jornada de contratação, com o apoio do jurídico, além de uma medida de segurança, auxilia na proteção da empresa desde o início da relação de trabalho.
Quando esses setores atuam em conjunto com o RH, o processo seletivo se torma mais sólido, transparente e conformidade à legislação.
Para tornar esse processo ainda mais eficiente, é crucial integrá-lo as novas tecnologias de mercado, que facilitam o trabalho dos setores.
Integrando o processo de compliance na contratação a uma plataforma de verificação de antecetendes automatizada, os resultados são mais agéis, com base em dados fornecidos em tempo real e que contam com parametrização dos riscos.
Para saber como utilizar essa tecnologia na sua empresa, acesse nosso site.
Pois no fim das contas, contratar bem é também prevenir e o compliance juntamente com o jurídico são a construção de uma ponte segura para um futuro mais seguro na sua organização.