O compliance tem se consolidado como uma função essencial dentro das organizações modernas, não apenas como um mecanismo de conformidade regulatória, mas como um verdadeiro agente estratégico para a gestão de riscos.
Segundo o estudo “Anticipating more scrutiny”, da consultoria KPMG, divulgado em 2023, 49% das empresas já implementaram um Programa de Compliance, mas apenas 4% têm um Programa maduro.
Empresas que enxergam o compliance apenas como uma obrigação legal perdem a oportunidade de utilizar essa função como diferencial competitivo, mitigando riscos e promovendo uma cultura ética e sustentável.

O papel do Compliance na Gestão de Riscos
Tradicionalmente, a gestão de riscos era vista como uma atividade isolada e reativa, baseada na detecção e na correção de irregularidades.
No entanto, o compliance estratégico transforma essa abordagem em algo proativo e preventivo.
O agente de gestão de riscos deve atuar de forma integrada com diversas áreas da empresa, identificando potenciais vulnerabilidades antes que elas se tornem problemas reais.
A integração entre compliance e gestão de riscos envolve:
- Monitoramento constante das normativas e regulações aplicáveis ao setor;
- Desenvolvimento de políticas internas claras e eficazes;
- Conscientização e treinamento contínuo de colaboradores;
- Implementação de processos automatizados de auditoria e controle.
Vantagens do compliance estratégico
Um programa de compliance bem estruturado vai além de evitar multas e sanções. Ele fortalece a reputação da empresa, melhora o relacionamento com stakeholders e contribui para um ambiente corporativo mais transparente e ético.
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Entre os principais benefícios, destacam-se:
- Redução de riscos financeiros: A prevenção de fraudes e corrupção evita perdas financeiras significativas.
- Aumento da confiabilidade e credibilidade: Empresas comprometidas com o compliance são mais atrativas para investidores e clientes.
- Eficiência operacional: A padronização de processos reduz falhas e melhora a produtividade.
O agente de Gestão de Riscos
O agente de gestão de riscos deve atuar como um facilitador dentro da organização, garantindo que todos os setores estejam alinhados com as boas práticas de compliance. Suas principais responsabilidades incluem:
- Avaliação de riscos e vulnerabilidades corporativas;
- Desenvolvimento de planos de ação para mitigar riscos;
- Implementação de controles internos eficazes;
- Monitoramento e revisão contínua das políticas de compliance.

Como implementar um Compliance estratégico
Para que o compliance seja verdadeiramente estratégico, algumas ações são fundamentais:
- Comprometimento da alta gestão: A liderança deve promover e apoiar a cultura de compliance.
- Uso de tecnologia: Ferramentas de gestão de riscos e auditoria ajudam a garantir a eficiência do programa.
- Capacitação contínua: Treinamentos frequentes garantem que os colaboradores compreendam e apliquem as diretrizes de compliance.
- Monitoramento contínuo: Revisar periodicamente os processos para identificar melhorias e ajustes necessários.
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Para além da conformidade
O compliance estratégico é um elemento fundamental para a gestão de riscos corporativos. Ao ser visto como um aliado do crescimento sustentável e da inovação, ele permite que as empresas se protejam contra ameaças, ao mesmo tempo em que constroem uma cultura organizacional ética e eficiente.
O agente de gestão de riscos desempenha um papel essencial nesse cenário, garantindo que as melhores práticas sejam implementadas e mantidas de forma consistente.
Nesse contexto, o background check se torna uma ferramenta indispensável, permitindo a verificação precisa de informações e a identificação de possíveis riscos antes que eles se tornem problemas.
Ao integrar processos de due diligence e triagem automatizada, as empresas podem tomar decisões mais seguras, reduzir fraudes e evitar parcerias que comprometam sua reputação e segurança.
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